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sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Cordelando 99: Verdade Verdadeira?


Que imagem comovente,
Escolhi para postar.
Igualzinha a crocodilo,
A dentuça a lagrimar.
Tudo apenas pela causa,
E não só por vaidade.
Ao sair o relatório,
Da comissão da verdade.

Prepararam encadernado,
Calhamaço do grandão.
Entregaram pra dentuça,
Na solene reunião.
Disseram que investigaram,
Lá desde 48.
Na verdade o que fizeram,
Foi dourarem o biscoito.

Julgaram e já condenaram,
Quase todos generais,
Uns PMs contratados,
Não ficou nada pra trás.
Esqueceram de buscar,
Quem morreu do outro lado.
Inocente que tombou,
Por causa do atentado.

Tiroteio em plena rua,
Bala voando no banco.
Sequestro de embaixador,
Isso varreram pro canto.
Importante é garantir,
Pra muitos grande pensão.
Uma grana do gunverno,
Quer merecesse ou não.

Tá certo que teve gente,
Que apanhou pra valer.
Um que nem sabia nada,
Outro fez por merecer.
Um que desapareceu,
Outro que sumiu do mapa.
Botando lá sempre a culpa,
No torturador de capa.

Voltando ao outro lado,
Onde tudo se aceitou.
Se dizendo democratas,
Uma luta se formou.
Só sei que o que diziam,
Diferente se fazia,
O objetivo mesmo,
Foi matar democracia.

Na sua cabeça insana,
Que dentro só tem jujuba.
Queriam só transformar,
O Brasil na grande Cuba.
Tava tudo arranjado,
Acertado com Fidel.
Brasil virava comuna,
Ia ser sopa no mel.

Agora passado tempo,
Anistia concedida.
Apaga todas as culpas,
Encerra toda intriga.
Volta quem tava exilado,
Perdoa quem sequestrou.
Militar foi reformado,
Bandido regenerou.

OAB achou foi pouco,
Recorreu até supremo.
Tortura não se perdoa,
Tem que bater com o remo.
Os ministro discordaram,
Aprovada estava a lei,
Todo mundo anistiado,
Era palavra de rei.

Tão logo se abuletaram,
Na cadeira do poder.
Os comunas revoltados,
Fizeram prevalecer.
O desejo recolhido,
De se vingar dos milico.
Por terem perdido a guerra,
Sem nela nem terem ido.

Criaram a comissão,
Pra apurar o que se passou.
E o resultado que deu,
Quase a todos agradou.
Canonizaram de santo,
Bandido sequestrador.
Puseram em cima do altar,
Quem a bomba detonou.

Com o perdão de quem sofreu,
Realmente por tortura.
Isso eu mesmo não aceito,
Fica aqui a minha jura.
Mas fazer apuração,
Das desgraças só de um lado.
Me parece sacanagem,
Tendência de algum safado.

Ou se pune a todo mundo,
Que a lei desobedeceu.
Ou deixa lá como está,
Respeitando quem morreu.
Chororô que seja sério,
Pela mãe, esposa, filha.
Seja de verde ou vermelho,
Não vamos botar mais pilha.

4 comentários:

CHUMBOGROSSO disse...

Cacique, o quer mais mata
É ter memória afiada
Lembrar, que o que se fala hoje
Não passa de "patuscada".
Nessa história só tem "mocinho"
Daqueles de "roliudi"
Que mentem no atacado
E faz de covardia "virtude".

Que pegou no "pau furado"
E lutou por ideologia
Desses conheci muitos
Bem contentes com a Anistia.
Dizem "que era coisa de jovem"
Foram no "embalo" do Guevara
Que prá lutar contra yankees
Tinha que ter vergonha na cara.

Como dizia o Millor
"Prá muitos foi investimento"
E que coisa de idealismo
É ideia de jumento
O pior de tudo, Cacique
É que muito sobrevivente
Que hoje recebem a "burra"
Era então adolescente.

Dessa teta eu quero bico
Prá chupar até fartar
Mas se tem que encarar milico
Vou mais é "araguaiar"
Como fez o Genoino
Ao encarar o Coronel
Baixo os olhos e fecho o bico
Dá, que se irrite o quartel.

O Mascate disse...

Boa grande Chefe!!!

Anônimo disse...

Na mosca!

A Marreta do Azarão disse...

Cacique, geniais os seus cordéis. Descobri o blog agora e vou fuçar mais por aqui.
É a mais pura verdade esse cordel da Dilma e seus cupinchas. Eles nunca quiseram a democracia.
Também tenho um blog, se tiver um tempinho e me der a honra :
http://amarretadoazarao.blogspot.com.br/2014/12/lagrimas-de-crocodilma-ou-comissao-da.html
http://amarretadoazarao.blogspot.com.br/2014/12/as-verdades-da-comissao-da-verdade.html