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quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Empalamento Coletivo


Com pompa e circunstância, deverá ser indicado oficialmente o glorioso Joaquim Levy para o ministério da fazenda. Provavelmente serão divulgados junto os nomes do novo ministro do planejamento e dos presidentes do Banco Central, Banco do Brasil e Caixa Econômica, para "acalmar o mercado".
Fato é que, com o simplesmente cênico ministro atual apenas esquentando a cadeira, Levy já deve começar a se mexer de imediato e não haverá o lance de transição, comum nas trocas e governos.
O tema de primeira ação é o tal de ajuste fiscal, o freio de arrumação das contas insanáveis do governo, basta ver a loucura que se passa no congresso para aprovar a lei do chuncho (ou do calote, ou da anistia da gastança, como preferir), mas isso é outra canalhice, que trataremos depois.
Para quem administra ao menos uma mesada que seja, sabe, que para restabelecer uma tabela desequilibrada de receitas e despesas, só tem como solução aumentar a primeira e diminuir a segunda.
De novo invocando a aprovação iminente da Lei do Chuncho, fica claro e evidente que a regovernANTA não tem a mínima intenção, e muito menos autonomia para reduzir despesa nenhuma. Diria este silvícola prepotente, ela vai é aumentar, sufocada pela pressão cada vez maior do peso do aluguel de sua base no congresso e pelo exorbitante custo da máquina aparelhada e inflada. Logo, só lhe resta mandar o incauto do Levy, caso aceite o cargo mesmo, iniciar seu ajuste pelo lado do aumento de impostos.
Agora há pouco ouvi a Míriam Leitão falando da redução imposta pela ANEEL sobre o valor máximo a ser cobrado das distribuidoras pelo megawatt-hora (MWh) no mercado spot de energia de R$ 822,00 para R$ 388,00. Isto é, vai se transferir o prejuízo das distribuidoras para as geradoras.
Como tudo que vem do gunverno, é mais uma falácia e enganação. Essa redução será apenas para diminuir o rombo dos caixas das distribuidoras e será pago por nós, pobres mortais, Ou você acha que não.
Com os reservatórios muito abaixo dos limites mínimos, as caras usinas termelétricas rodarão a todo vapor (ou queima de gás, óleo combustível e óleo diesel, para ser mais preciso) a um custo médio de R$ 1.128,00; isso se aguentarem o repuxo, pois estão operando no máximo de sua capacidade há muito tempo e não foram, em sua maioria, concebidas para isso.
Já tem até nome o PNC que vão nos enfiar: Encargos de Serviços do Sistema - ESS. Será uma taxinha a ser incluída nas nossas contas de energia, variando com nosso consumo e que alimentará um fundo para cobrir o rombo das geradoras. Outro fator de variação do diâmetro e do comprimento do PNC será a localização geográfica; por exemplo, o norte-nordeste tem uma participação maior das térmicas na matriz energética, logo o ESS será maior nestas regiões.
Pensa que acabou? Nã Nã Ni Nã Não.... Isso valerá a partir de 01/01/2015, pós-posse da regovernANTA.
Ainda tem a bagatela de 28 bilhões (40 bilhões, na versão das distribuidoras) decorrente de empréstimos que as empresas tiveram que fazer para se segurar depois da "bondade" da dentuça em reduzir as contas por decreto e pressão.
Pensa que acabou? BOBINHO(A).....
Está na agulha também o retorno da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico - CIDE a ser aplicada sobre os combustíveis, que não só vai impactar nos tanques de nossos carros mas também nos transportes públicos e de carga, além, é claro, no combustível das usinas térmicas citadas aí em cima, num efeito espiral de ENORME impacto sobre a inflação.
Podem por no rol de preocupações também a volta da Contribuição Provisória Sobre a Movimentação Financeira - CPMF, que a corja nunca engoliu ter sido extinta no congresso.
Çuas Inçelenças parlamentares estão articulando um aumentinho em seus salários na ordem de 26%, extensivo ao executivo. O povo da toga vai na sequência; então teremos mais surpresas pela frente.
Considerando ainda que a tabela de tributação da renda, na fonte ou na declaração de ajuste, divulgada com esplendor de chegada de imperador de Roma pela GORDA CAGADA no dia do trabalhador desse ano numa MP que, deixada ao relento e por sua própria conta e risco, vai caducar logo ,logo e, portanto, não será efetivada; podem imaginar o volume do FALO a ser inserido ânus adentro do sofrido contribuinte brasileiro a partir do ano que vem.
Só posso tentar atenuar a dor dos amigos.....


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