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segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Antônio Ermírio de Moraes - RIP


Presto minha homenagem ao engenheiro Antônio Ermírio de Moraes, falecido ontem (24/08) aos 86 anos.
Mais que um grande empresário capaz de construir um império industrial nas áreas de cimento, metalurgia e papel-celulose, deixou-nos um homem bom, trabalhador e honesto; que soube usar seu prestígio e poder a serviço do bem.
Paulista nascido em 04/06/1928, Antônio Ermírio era colega engenheiro metalúrgico formado na universidade do Colorado e seu primeiro emprego foi um estágio não remunerado na Siderúrgica Barra Mansa, uma das empresas da família, já que o velho José Ermírio não era de dar colher de chá pra filhinho não. Estudem, aprendam e depois venham trabalhar comigo.

Liderou o Grupo Votorantim até 2001, quando, aos 74 anos, deixou o conselho de administração e passou para os filhos o comando do conglomerado. Nos últimos anos, o empresário começou a sofrer do mal de Alzheimer. 
Também dedicou boa parte de sua vida à filantropia, contribuindo com a Sociedade Beneficência Portuguesa e a Cruz Vermelha. 
Mesmo multimilionário, dr. Antônio se permitia um estilo simples de vida, a ponto de andar de carros bem usados e ser visto em calçadões e lojas sem marca vistosa, sendo conhecido por seu jeitão franciscano, o que levava seu detratores a dizer que era mal ajambrado ao se vestir, sendo até personagem de humoristas, o que o divertia muito.
Ele deixa a mulher, Maria Regina Costa de Moraes, com quem teve nove filhos.

Nas notas oficiais do Grupo Votorantim e da Beneficente Portuguesa lamenta-se sua morte e destaca-se sua grande liderança e exemplo, inspiração para que seus valores, como ética, respeito e empreendedorismo, sempre defendendo o papel social da iniciativa privada para a construção de um país melhor e mais justo, com saúde e educação de qualidade para todos. Crítico ferrenho da burocracia estatal e dos obstáculos colocados pelo governo ao crescimento das empresas, dr. Antônio se orgulhava de dizer que seu grupo nunca tinha sido favorecido pelo poder e repudiava medidas assistencialistas do governo como já deixou claro em entrevistas a VEJA. "Acho péssimo quando vejo que a prioridade do governo é dar esmola, e não acabar com os entraves à criação de empregos", disparou em 2003.
Um verdadeiro gerador de emprego e renda, diferente dos Eikes de hoje.
De novo, apresento meus respeitos ao dr. Antônio. 
RIP

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