Na sequência da vergonhosa eleição de Renan Calheiros para a presidência do senado na sexta feira passada, teremos hoje o segundocapítulo da saga da infâmia contra o povo brasileiro.
Numa nova votação secreta, e contando com o habitual apoio do governo, dos partidos da base alugada e até da oposição, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) é favoritíssimo para ser eleito hoje presidente da Câmara dos Deputados, segunda casa do congresso fedemal, e terceiro na linha sucessória do comando da pocilga.
Nas contas da tchurma, deverá ter algo acima de 257 votos e se eleger sem que haja um segundo turno, desbancando seus frágeis adversários Júlio Delgado (PSB-MG), Rose de Freitas (PMDB-ES) e Chico Alencar (PSOL-RJ).
Uma vã esperança do trio é que se repita o fato acontecido em 2005, quando o chamado baixo clero se rebelou e elegeu Severino Cavalcanti, o bobo do mensalinho da lanchonete.
Serrergonha acostumado a dar rasteira nos outros, Henrique Alves fez uma intensa campanha junto aos seus pares para neutralizar essa hipótese. Usou até um jatinho emprestado pelo colega deputado e limpeza geral Newton Cardoso e cabalou até o apoio sem restrições de governadores.
Na campanha, os motes foram a reformulação da imagem dos deputados, distribuição de cargos e forçação de barra para o pagamento obrigatório de, pelo menos, um "percentual significativo" das emendas parlamentares ao Orçamento.
Depois de eleito o presidente, çuas inçelenças decidirão sobre os outros seis cargos na Mesa Diretora e quatro suplências, já devidamente loteadas conforme o tamanho das bancadas.
Assim como Renan Calheiros, Henrique Alves deve ser eleito sob diversas suspeitas. Borbulhou na imprensa que a empresa de um então assessor do deputado recebeu recursos de montão por meio das emendas parlamentares indicadas pelo próprio Henrique Alves. A sede da empresa fantasma era tão simples, que era vigiada por um bode, o famoso galeguinho, o único punido no caso, pois perdeu a regalia de ficar solto e agora é amarradado num pé de páu e só come uma vez por dia.
Fica aqui minha tristeza por ter que engolir à força mais uma patifaria dessa corja.
Um comentário:
'Suas inçelenças' nos causam a mais profunda e terrível vergonha alheia, Cacique!!
Não se observa tanto empenho assim para restaurar a dignidade do povo brasileiro, via aplicação segura e efetiva dos recursos públicos em Educação, Saúde, Segurança e infraestrutura.
Por isto que não me ufano!!
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