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segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

E De Novo a Validação de Diploma de Médicos


E continua a falsa e demagógica marcha da corja para a regularização do serviço público de medicina no Brasil.
Ao invés de fazer o correto, investir na estruturação das faculdades atuais e na implantação VERDADEIRA de novas escolas (que não sejam apenas paredes feitas nas coxas), o (des)governo tenta por fim da força fazer a regulamentação de diplomas obtidos no exterior por brasileiros (ou não brasileiros), especialmente os registrados originalmente em Cuba e na Bolívia...
Recebendo justamente a forte oposição do CFM e dos CRMs, o MEC e MS vêm tentando de todas as formas "aliviar" nas provas de avaliação e revalidação atualmente realizados.
A mais nova invenção é alterar a metodologia do REVALIDA, o nome do exame exigido de profissionais interessados em trabalhar no País, cujas provas deixariam de ser elaboradas por professores e/ou profissionais aqui formados, passando a ter seu padrão de dificuldade das questões definido por alunos no fim do curso.
As sumidades que defendem a aberração dizem que a medida tornaria o exame mais justo. Na cabeça deles, “não faz sentido aplicar uma prova mais difícil para médicos que se formam no exterior. O padrão tem de ser o mesmo”.
Quando a tarefa é desempenhada por professores e profissionais em atividade, dizem defensores da tese, o grau de dificuldade do exame naturalmente é mais elevado.
A mudança nas regras do REVALIDA vem sendo tentada desde 2012 e eles entendem que é a única saída de curto prazo para aumentar a oferta de profissionais no mercado, como prometeu a governANTA.
Outra idéia brilhante é uma espécie de estágio para graduados no exterior, constantes numa lista prévia de faculdades, que receberiam uma autorização provisória para trabalhar na rede pública por certo período. Terminado o prazo, o profissional poderia continuar trabalhando no País, sem necessidade da realização das provas do REVALIDA.
Veja bem, vou repetir: NA REDE PÚBLICA; onde ninguém da corja passa nem na calçada. Ou seja, se der merda, será com os filhos dos outros.
Os maiores interessados são os prefeitos de cidades do interior. Afirmam que, diante da falta de médicos, têm de se submeter a “leilões” para poder contratar profissionais.
Até a Associação Brasileira de Municípios (ABM) entregou carta endereçada a Dilma exigindo a adoção de medidas para resolver a falta de médicos no mercado. Entre as propostas estava justamente o incentivo para “importação” de médicos formados no exterior.
Na minha opinião e também das entidades médicas, o maior problema do País não é a baixa quantidade de médicos, mas a distribuição irregular dos profissionais. Ninguém quer ir para o interior ou para pequenas cidades. Não há uma política pública eficiente para a fixação dos médicos, muito menos para a criação de uma carreira de Estado, como a de juiz: com progressão de carreira, incentivos, benefícios adicionais, etc.
Continuo batendo o pé: melhor que se tenha poucos, mas bem formados, profissionais, que uma invasão de médicos incompetentes e sem conhecimento técnico. Nenhum país sério faz isso. Só quem vai sofrer é a população mais carente.
Médicos despreparados atendendo em UPAs, PSs e emergências pessimamente aparelhadas. O problema de saúde pública não seria resolvido e mais mortes virão por erros de atendimento. No máximo será uma solução no papel.

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