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quarta-feira, 10 de outubro de 2012

10/10: Novo dia, Novos Tempos


O Brasil acorda hoje mais aliviado e esperançoso. Ontem o pleno do Supremo Tribunal Federal - STF condenou três dos mais importantes quadros do Partido dos Trabalhadores (no meio de um outro conjunto de larápios) por crimes das mais diversas matizes, lavando a alma das pessoas de bem deste país.
Por 7 longos anos, só se ouviu a cantilena e a falácia de que o mensalão nunca existiu ou, pior, que seria "apenas" uma operação de caixa, como se isso por sí só não fosse um atentado contra as instituições legais do Brasil.
Todo esse tempo o ex-presidente de 9 dedos e seus asseclas alcoviteiros deitavam e rolavam sobre as consciências dos que minimamente pensam, pela certeza que tinham de que ficaria o dito pelo não dito e todos, ou os mais importantes seriam absolvidos de seus crimes, apenas pelo fato de terem indicado para a corte 8 dos 11 ministros. Estavam redondamente engandos.
Honrando seus diplomas e cargo, a maioria deles condenou os meliantes e fascínoras independentemente do que achavam os comandantes maiores da quadrilha.
Só escaparam os mequetrefes, termo cunhado por um dos advogados para qualificar a importância de sua cliente no conjunto do grupo.
O outrora todo poderoso chefe da casa civil, primeiro ministro de fato e capitão do time, segundo seu líder loola; foi considerado culpado pelo STF. Embora continue esperneando, ameaçando e destilando sua prepotência, É CULPADO e acabou-se. Vá recorrer pro papa. 
A nação agradece ao homem que enfrentou os poderosos, as pressões diversas e relatou em detalhes cada um dos crimes cometidos, seus executores e seus envolvimentos com uma riqueza de detalhes de não permitir contestações, apenas restando pífias argumentações inconsequentes e risíveis.
Hoje também, por ironia do destino e méritos próprios, O ministro Joaquim Barbosa será formalmente eleito, presidente da corte que ele ajudou a colocar no mais alto conceito internacional. Na Corte desde 2003, hoje com 58 anos; completados no domingo passado, casualmente dia de eleições e festa da emocracia, o relator do processo do mensalão conquistou simpatia e apreço nacional, embora tenha gerado sentimentos de ciúme nos seus desafetos no STF, pois, no exercício de suas fnçõs, careceu de embates terríveis com alguns de seus colegas.
Os argumentos de Quinzão foram, como deveriam ser, duros para defender seus pontos de vista. Sangue quente, quando contradito, não mede palavras para rebater as críticas.
Desde que assumiu, o bom mineiro de Paracatu mostrou que o estudo o ajudou a romper as barreiras impostas pela discriminação pela tez negra.
Barbosa se mudou para Brasília jovem, morando de favor na casa de parentes. Foi faxineiro e trabalhou na gráfica de um jornal. Completou o ensino médio em escola pública. Estudou muito para entrar na Universidade de Brasília, onde formou-se em Direito. Na mesma turma, estava o futuro colega e muitas vezes desafeto no STF Gilmar Mendes. Foi também procurador no Rio de Janeiro. Doutor em Direito Público pela Universidade de Paris-II, atuou como professor visitante da School of Law da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA) e professor de Direito Público da Uerj.
Tá no Hino Nacional: "Um filho teu não foge à luta". Quinzão fez valer a frase de outro Joaquim: O Osório Duque Estrada, autor do poema-letra.
Fica aqui meu registro e minha homenagem.

Um comentário:

CHUMBOGROSSO disse...

Meu caro amigo

Por vias indiretas Joaquim Barbosa presta uma grande homenagem aqueles que ideologica e democraticamente, à direita e à esquerda, lutaram contra a "Ditadura do Grupo Militar", sim porque os Ditadores nunca foram unanimidade nem mesmo dentro das Armas.
São aqueles que "permaneceram aqui" e dentro da lei insistiram na "luta desarmada", enfrentando repressão e segregação, estudando, trabalhando, criando seus filhos e esperando por dias melhores.
São esses os "reais construtores" da presente Democracia Brasileira.