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terça-feira, 28 de agosto de 2012

Recauchutando Perseguidas

Tá certo que o aspecto visual não é assim comparável a um vale florido de líros e azaléias; até porque as finalidades são outras, mas ao que me consta, não há riscos de mordida ou sérias lesões provocadas na região. Mas daí a gerar uma preocupação de se reformular por completo a estética do local, a distância é grande demais.
Li na Folha de São Paulo que a mania que se desenvolve agora entre os cirurgiões plásticos é o remake dos lábios vaginais e outros retoques na genitália feminina. Claro que a exibição pública da obra pronta não é tão fácil quanto peitões e bundas de silicone ou barriguinhas lipoaspiradas, mas são um bem cobiçado item do cardápio moderno das intervenções remodeladoras.
A reportagem da Folha dá conta que já foram feitas mais de 1,5 milhão de cirurgias íntimas nos EUA, 1,2 milhão no Reino Unido e, no Brasil, os médicos comentam que  há um incremento de 50% nos últimos dois anos, chegando a coisa de 3.000 por mês.
Já tem até um codinome o tal profissional: "expert em design vaginal". Os médicos mais conhecidos por outros tipos de cirurgia, como implantes mamários e plástica de nariz, estão vendo a procura crescer.
O modelo original vem deixando suas proprietárias, ou usuários meio que descontentes, então o aumento de cirurgias redutoras ou reformuladoras deve estar ligado à uma nova busca de medidas genitais padrão. Ou seja, o que é natural já não é o normal.
Talvez a maior divulgação de fotos de nus femininos, com perseguidas retocadas com photoshop tenha despertado essa tendência modificadora. Cabe até um estudo antropológico sobre isso. Assim tipo; "o que deveria ser uma região apenas erógena e sexual tende a se tornar paisagem?"
Fato é que, assim como narizes, peitos e bundas, o padrão estético vaginal vem se tornando objeto de estudo clínico e cirúrgico. Há também uma parte dos especialistas que trata as cirurgias vaginais não só como estéticas mas como soluções para dificuldades em relecionamentos sexuais.
Para isso, a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia orientou seus membros sobre riscos dessa onda. "É preciso muito cuidado para mexer em locais com tantas terminações nervosas. Se você mexer onde não era para mexer, você piora o que era para melhorar", diz Gerson Lopes, presidente da comissão de sexologia da entidade.
Por origem, este cacique nunca incluiu o aspecto estético como fator decisivo no uso original da região e assemelhadas. Outros fatores fazem os motivos de retrições. Até porque nunc existirão duas dessas iguais. Mas essa é outra tese de doutorado...

NA: A imagem que abre este post não é o mostruário de nenhum cirurgião, mas um dos painéis que compõem o "Grande Mural da Vagina", do artista plástico inglês Jamie McCartney

3 comentários:

Anônimo disse...

Saudações Asininas, meu caro Cacique.

Mundo novo de tudo mesmo hein meu querido? Essa é novidade pra mim. Sou de um tempo (nem tão antigo assim) em que se usava o carro mais pela potência e conforto do que pela aparência. Agora, a imagem é tudo até para o que, a priori, deveria andar coberto.

E também não consigo ver um macho - de qualquer espécie - parando pra reclamar do design da peça. É muita modernidade pro meu gosto.

Um caloroso abraço,
@Filonescio

Nair Pessoa disse...

Meu amigo Cacique. Já tinha conhecimento de cirurgia vaginal mas, com intuito de melhorar o prazer feminino no que diz respeito ao clítoris.Eu chamaria de "pseudo fimose" já que salienta mais o clítoris, principalmente para mulheres que o tem muito para dentro.
Qto à cirurgia ESTÉTICA na vagina, acho "preciosismo/exibicionismo" de algumas mulheres que o fazem (creio) só para mostrar ao ginecologista já que o marido, amante, namorado ou namorido, noivo etc, a primeira coisa que fazem é fechar os olhos quando no sexo oral!rsrsrsrs
Realmente, é cada uma que aparece!!!!!!!!!!! KKKKKKKKKKK

opcao_zili disse...

Amém para o Filonéscio.