Cordelando 113: Dois em Um - Milhões na Rua

Semana passada enrolado,

Cordel não pude fazer.

Mas não pensem meus leitores,

Que eu ia me esquecer.

Assunto não me faltou,

A corja vermelha alimenta.

Vamos fazer nosso verso,

Quem faz merda se arrebenta

Uma coisa se sabia,

Que rolava uma pontinha.

Pra quem postava nas redes,

E da corja se mantinha.

Se sabia de robot,

Postando as coisas sozinho.

Pra levantar o IBOPE,

Do que fosse vermelhinho.

Sabia mas não provava,

Mas isso já se acabou.

Ontem vazou documento,

Que o gunverno editou.

Secretário responsável,

Pela comunicação.

Deixou vazar relatório,

E causou a confusão.

Milhões gastos com blogueiros,

Que só escrevem coisa boa.

Os robot que repercutem,

E a coisa toda ecoa.

Parecendo ao mundo todo,

Que a Tag está bombando.

Enquanto a governANTA,

O povo vai enrolando.

Mesmo assim o Rui Falcão,

Acha que é mal empregado.

Pois ainda tem dinheiro,

Pra quem é do outro lado.

Diz que vai cortar verbinha,

Pra quem der repercussão.

Daquele que for contrário,

Ao que pensa o partidão.

Se isso não é ditadura,

E controle da imprensa.

Que não é a repressão,

A todo mundo que pensa.

Só pode ser que quem vai,

Na rua pra protestar.

Realmente estes canalhas,

Já começa a incomodar.

Por falar em ir pra rua,

Mostrando a indignação.

Palmas para os brasileiros,

Que foram lá de milhão.

Em tudo quanto foi canto,

Do Oiapoque ao Chuí.

Verde-amarelo se via,

Na paz e sem confusão.

Gente de toda matiz,

Grana, idade, cor e fé.

Portando faixa e bandeira,

Apitando em marcha a pé.

Lotaram as vias públicas,

Nas cidades do Brasil.

Mostrando que tamos juntos,

Contra o povo do covil.

Pedia-se quase de tudo.

Pelo bem desse país.

Que se consertem os erros,

Pro povo viver feliz.

Chega de patifaria,

Roubo e corrupção.

Devolvam lá o dinheiro,

Que roubaram da nação.

Fato é que deu bom fruto,

O povo todo na rua.

Viu-se lá que a governANTA,

É mais uma que tá nua.

Despencou o bom conceito,

Que ela pensava que tinha.

Baixou mais que a Cantareira,

Restou só uma raspinha.

Madame se assustou,

Convocou a reunião.

Deu a porrada na mesa,

Chamou o seu palavrão.

Botou nêgo pra correr,

Pra arranjar solução,

Pra não ficar bem na mira,

Do povo dessa nação.

Inventou a lenga-lenga,

De fazer um pacotão.

Mandando para o congresso,

Lei com sinalização.

De prender quem pega grana,

Cheia de corrupção.

Mas que buscou lá no fundo,

Só viu foi repetição.

Basta buscar lá no Google,

Que se acha bem ligeiro.

Que desde 2005,

Já se usa esse arrudêio.

De mandar para o congresso,

Um enorme pacotão.

Que nunca sai do papel,

E engana toda nação.

Eu penso que mais um pouco,

A dentuça vai cair.

Não se sustenta no topo,

A quem só quer iludir.

Se não cai será pior,

Pois não vai mandar mais nada,

E vai ficar só reclusa,

No Palácio da Alvorada.

Uma nota muito triste,

Tratando de ação na rua.

Foi se soltar bléquiblóqui,

De que abriram charrua.

Pois mataram jornalista,

Que tava lá pra cobrir.

Sem mesmo se apresentar,

A verdadeira ABI.

Outra faceta ligeira,

Dessa vez é pra sorrir.

Cid Gomes no Congresso,

Desculpa não foi pedir.

Reiterou que lá achacam,

O poder executivo.

Pode ter pegado a conta,

Mas fez discurso abrasivo.

Vamos aguardar um pouco,

Pra ver a merda que dá.

O resultado das ruas,

Pois algo tem que mudar.

Pra não deixar esquecido,

O grito que lá surgiu.

Tem outra vez programado,

No dia 12 de abril.