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terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Cordelando 100: Centúria é Pra Festejar


Em julho de 2011, minhas queridas amigas @moimemei e @online_boo (na ocasião, @sonia_lv) deram uma corda danada pra eu começar a fazer poesia. Sem a menor habilidade para tal, resolvi fazer um cordel, brincadeira de terraço de casa de praia com meus irmãos e amigos.
Deu certo, tomei gosto e passaram a sair os cordéis cômico-político-ácido-sacaneáticos desta Tribo dos Manaós, que tento postar nas sextas feiras, comentando sobre os fatos da semana.
Mas um marco centenário não se pode gastar com as canalhices deste (des)governo, o mote principal dos versos. Vou usá-lo para fins mais nobres e celebrar esta referência importante e histórica.
Grato aos leitores pelo que me aturam em meus desabafos rimados. Vamos rumo aos 200...

Como é bom comemorar,
Uma data importante.
Afinal inteirar 100,
Não se faz a todo instante.
Usando aqui o espaço,
Pra criticar coisa ruim.
Tenho feito muito amigo,
O que é muito bom sim.

Cada sexta que se passa,
Mais gente comparece.
Sei que leem o que escrevo,
Pois na contagem aparece.
Poucos deixam comentário,
Isso até me faz bulir.
Custa nada me dizer,
Se gostou do que escrevi?

Quando estou pondo meu texto,
Na tela em frente a mim.
Rio feito um corsário,
Comemorando o butim.
Parece que vem no peito,
Revanche do que passou.
Pouco posso reparar,
Mas barato não ficou.

Leio no face ou twitter,
Risada grande que só.
O que até me consola,
Pois doido eu não estou só.
Quando repassam pra frente,
Atraindo mais um leitor,
Até ouço o aplauso,
Pois foi mais um que gostou.

No meio da caminhada,
Apareceu encomenda.
Fazer um cordel prum amigo,
Vontade me incrementa.
Teve a rádio do seu dino,
O bistrô do Edgard.
Aniversário de monte,
Fiz cordel pra agradar.

Engenheiro bem ligado,
A construir e montar.
De repente me percebo,
A numa tela versar.
E não é que fica bom,
Depois de tudo rimado.
Faço verso criticando,
O roubo de todo lado.

Devo aqui agradecer,
Ao povo lá da dentuça.
Pois motivo não me falta,
Pra lhe por dedo na fuça..
Fazem merda de montão,
Asneira que não acaba.
Deixando este cacique,
Na rima desembalada.

Tem até uns personagens,
Que aqui sempre aparecem.
E não é por implicância,
Mas eles que se oferecem.
Eu não posso é perder,
Nenhuma ocasião.
Ponho logo no cordel,
E causo a tal confusão.

Vamos em frente meu povo,
Tem 4 anos na frente.
A Tribo não vai deixar,
De apoiar nossa gente.
Batendo em quem se precisa,
Elogiando se puder.
E aqui sem preconceito,
Seja lá homem ou mulher.

100 versos se completou,
Vai ter mais 100 se vier.
Agradeço só a Deus,
Se saúde Ele me der.
Pois coragem não me falta,
Na rima tenho valor.
Vou fazendo meu trabalho,
No bandido dou calor.

Um comentário:

CHUMBOGROSSO disse...

Um "cacique" centenário
Não é todo dia, que tem
É motivo de festa de arromba
Arrombar a caradura de alguém
É cacete prá todo lado
Pau em cima e pau embaixo
Mas na frente do Cacique
Vê lá se eu me abaixo.

Esse cabra é arretado
Pernambuco virou Manaus
Foi lá pro Amazonas
Por na canoa a conta certa de paus
Não é porque é meu amigo
Que não pergunto mais
Cacique, não convêm?
Ou, Cacique, não "comvai"?

Que venham +100.000
ABRAÇÃO