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sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Cordelando 95: Lavando e Prendendo - Lava a Jato 7


Puta Merda, Esconjuro,
O que ocorre no Brasil.
A Polícia Federal,
Tá enchendo o barril.
Botou a tropa na rua,
Por toda nossa nação.
Prendendo bandido a rodo,
Grande bando de ladrão.

Já se tinha iniciado,
Uma limpeza distante.
Com Paulinho e Youssef,
Os dois já peixes bem grande.
Que tocaram a abrir,
A boquinha no salão.
Inciando a história,
Premiada delação.

Toca aqui aperta ali,
Surgem nomes de montão.
Prova por certo eles têm,
Pois bobos que não são não.
A coisa não ficou quieta,
Gerou grande confusão.
Nas hordas da bandidagem,
Assustou-se gatunão.

De todo lado brotou,
"Não sabia não vi não".
Isso é coisa inventada,
Pela nossa oposição.
Pensando que brasileiro,
Quase tudo é debiloide.
Diziam que estes fatos,
Era tudo factoide.

Pois não é que nesta sexta,
Numa big operação.
A PF aumentou,
O volume de prisão.
E não pegaram bagrinho,
Aqueles que o burro lambe.
Nas maiores empreiteiras,
Pegaram foi peixe grande.

Presidente, Diretor,
Dono mesmo da bagaça.
Foram todos algemados,
E levados para a praça.
Esse povo é aquele,
Que não cumpre com horário.
Na hora que corre a grana,
Não manda intermediário.

O diretor da estatal,
Que hoje pegou o seu.
Era afilhado não menos,
Que do próprio Zé Dirceu.
Isso deixa cá pra nós,
Uma grande esperança.
Que chegue e pegue logo,
Quem na verdade comanda.

Já pegaram até o Duque,
Dentro da escala real.
Falta só pegar o rei,
Que comanda o carnaval.
Então na mesma balada,
Quem assumiu a cadeira,
Pega logo a governANTA,
Que asssumiu a roubalheira.

Uma pena o brasileiro,
Passar tanta humilhação.
Ver nossa maior empresa,
Com seu valor lá no chão.
Despencaram as ações,
Nas bolsas de capital.
Não só aqui em São Paulo,
Mas na internacional.

Nunca antes que se viu,
Petrobras não ver o prazo.
De entregar o balanço,
Pra mostrar o resultado.
Mas a coisa tá tão feia,
Para o lado da estatal.
Que o auditor recusou,
Assinar o catatau.

Oração é que não falta,
Na nossa população.
Que num guenta sustentar,
Esse monte de ladrão.
Precisamos acabar,
Roubo regulamentado.
E botar lá na cadeia,
O mangote de safado.

Hora de ficar atento,
Olho vivo e plantão.
Manobra não vai faltar,
Pra abafar a operação.
Os puxa-sacos de sempre,
Vão correr pra esconder.
Se não ficarmos alerta,
A coisa não vai feder.

É só apertar um pouco,
Sem nenhuma distração.
Aproveitando na rede,
Pra divulgar na nação.
Comentar com todo mundo,
Que não lê a internet.
Aquele tal de bolsista,
Abestado e periguete.

Desta vez estamos perto,
De nos livrar do PT.
Que meteu pé pela mão,
No projeto de poder.
Hora de mandar pra longe,
Essa praga de canil.
Que não quer nada a mais,
Que roubar todo Brasil.

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Devo, Não Nego. Pago Quando Puder. A Fraude Eleitoral Se Revela


No país das maravilhas apresentado pela regovernANTA na sua propaganda eleitoral, surgia um Brasil Potência, motivo de inveja para o sistema solar inteiro. Inflação sob controle, mercados interno e externo crescentes, investimentos em rota de ascensão e um céu de brigadeiro pela frente.
Nem bem se digeriu a surpreendente "virada" na contagem dos votos e, ao longo da semana seguinte, já a partir da segunda feira 27/10; tudo mudou da água barrenta da Cantareira para o vinho do porto que embriagou a comandita em Portugal. Subiram os juros, o deficit público retrocedeu a níveis pré plano Real, subiram energia elétrica e combustíveis e o vulcão do fim do mundo começou a jorrar sua lava ladeira abaixo.
Coroando, mas ainda não encerrando, o anúncio sucessivo de catástrofes administrativas e fiscais que nos esperam, ontem a dentuça encaminhou ao congresso nacional, um projeto de lei que rasga de vez a Lei de Responsabilidade Fiscal, que tanto o PT combateu desde a sua gênese.
Mesmo prometendo fazer o dever de casa e realizar um rearranjo fiscal, deelma largou mão de vez do cumprimento das metas de superávit primário das contas públicas deste ano. Estamos a menos de 50 dias para o fim do ano civil e fiscal, e ela quer mudar a regra do jogo, prepara o terreno para descaracterizar o inevitável déficit do setor público sem que a meta seja considerada descumprida pela legislação e se mantendo "íntegra e respeitável perante os tribunais".
Como somos todos bobos e chupamos dindin no sol, o governo quer nos fazer crer que o rombo das contas do governo, fortemente acelerado com o descomunal aumento dos gastos eleitorais, no afã de enganar os trouxas Brasil afora, pode ser varrido não pra baixo do tapete, mas pra fora da sala, fechando o ano no vermelho pela primeira vez desde 1997.
Se esta poha passar, o governo poderá descontar da meta todos os gastos com investimentos do PAC (mesmo que não tenha NADA pronto), bem como os favores que fez a alguns setores da economia com as renúncias de receita oriundas das desonerações tributárias. Ou seja, o limite de R$ 67 bilhões previsto na lei, deixa de existir... É simplesmente pulverizado. 
O jornal Estado de São Paulo estima que o tal "arranjo técnico-contábil" chegará a mais de R$ 165 bilhões, considerado investimentos e desonerações feitas até setembro, que somam R$ 122,9 bilhões, e as projeções até o fim do ano. Pela lei, o governo não precisa cobrir eventual frustração da meta de economia fixada para Estados e municípios, o que amplia a margem de manobra da equipe econômica.
Como consequência, fica fragilizado de um vez pra sempre o mecanismo da política fiscal que permitiu, desde 2008, a liberação de recursos para o avanço dos investimentos públicos.
É óbvio que os ministros envolvidos na apresentação do magnífico (pra eles) projeto negam a a piora das contas públicas e dizem que a situação fiscal do Brasil é "confortável e melhor que a de muitos países".
Com o burburinho que se começa a formar, o mercado entende que esta proposta indecorosa de mudança na meta de 2014 e a falta de sinalizações da política fiscal para 2015 o ajuste fiscal - prometido pela regovernANTA no discurso da vitória depois das eleições, é apenas um jogo de palavras para o eleitoral de boiada que ela tem. 
Sabendo que tem que aprovar esta josta a toque de caixa, antes que os parlamentares tenham tempo de se articularem, ordens já foram dadas ao líder de todos os governos desde Tomé de Sousa, o senador Romero Jucá (PMDB-RR), para apresentar seu parecer ainda hoje e mobilizar a base alugada para aprovar a mudança em cima das coxas. 
Só lembrando: a Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2015 já tramita no congresso e está fortemente influenciada por este conceito nefasto de descumprimento da meta fiscal, para as contas públicas; contendo ainda receitas perigosamente superestimadas e despesas artificialmente comportadas.
Como até as ruínas que emergem dos reservatórios secos sabem que "nem que a vaca tussa" isso vai acontecer, será necessário promover um duro ajuste nos gastos para chegar no resultado pretendido. Logo, o ritmo de governo terá que ser de arrocho retirando recursos da economia, prevendo-se até lançar mão de atos como mudanças no abono salarial, seguro-desemprego, pensões, corte de despesas e aumento de impostos, coisa atribuídas durante a campanha a Aécio Neves e seu ministro da Fazenda Armínio Fraga. 
Até a joia da coroa da campanha diabólica da dentuça está na mira. Os gastos com o Bolsa Família foram fixados em R$ 27,7 bilhões, alta de apenas 9,5% em relação a 2014. Mas, medido como proporção do PIB, o valor ficou estacionado em 0,48% em 2014 e 2015, interrompendo a trajetória de alta verificada desde o início do programa.
Material como este, fartamente divulgado pela imprensa ontem e hoje, é munição mais que suficiente para a oposição (?????????) partir pra cima, nas tribunas e nos tribunais, com sangue nos olhos.
Eu é que não aguento mais pagar imposto.